sexta-feira, 18 de março de 2011

Entrevista com Travis Barker


O baterista conversou com a Complex sobre o seu papel no Hip Hop, rappers que estão no seu novo álbum, novos projectos da sua banda Blink-182. A entrevista completa foi traduzida pelo Bairro Do Rap.

Com que pessoas você tem trabalhado no seu registo solo?
Travis Barker: É realmente universal. Tenho um som com os Transplants com Slash chamado “Saturday Night”. Está RZA, Raekwon, Tom Morello e eu numa faixa em conjunto onde RZA está tocando guitarra. Tenho uma faixa com Bun B e Beanie Sigel. Tenho o som mais louco dos Slaughterhouse, tipo, a merda mais escura de sempre. Abranjo tudo. Sempre gostei de tocar em conjuntos onde há três ou quatro pessoas e estamos todos mandando ideias e juntamo-nos para fazer um álbum, e esse sou eu, mano, sou 100 por cento eu a trabalhar com todos os meus MCs, rappers, DJs e guitarristas preferidos. Tem sido realmente, realmente divertido.

Como um fãs antigo de Hip Hop, como se sente por ser uma figura na cena do rap actualmente?
Travis Barker: Aparentemente, eu tenho mais em comum com rappers do que com alguns idiotas na música rock. Sempre foi natural para mim. E sou um enorme fã. Sempre que eu recebo uma oferta ou oiço um cara como Wayne para me mostrar uma mixtape, é tipo “Porra!” Fico sempre lisonjeado. Totalmente honrado, feliz, ou algo assim.

Voltando á música rock, qual é o estatuto do próximo álbum dos Blink-182?
Travis Barker: Vamos começar assim que eu apresente o meu álbum solo. Esse é o nosso próximo passo. Sem mais turnês. Sem mais concertos. Vamos estar em estúdio até o lançar-mos.

Reflectiu sobre como vai soar? Houve uma diferença notável entre o seu último LP e os registos anteriores do grupo Blink.
Travis Barker: Tudo o que eu fiz entre a altura em que parámos (o grupo Blink) as coisas até agora definitivamente irá influenciar o que irei fazer no futuro. É tipo, gostamos do último álbum: sem restrições, sem fronteiras. Nós pretendemos imaginar que é sempre o nosso primeiro álbum de sempre. O último, não teve nada tipo um erro ou ideia errada. Expressar-se, gravar as coisas e ver o que sai.

Que tipos de temas você antecipa que “saia” mais vezes?
Travis Barker: Acho que tudo vem depois da música estar criada e de nos sentarmos e decidir sobre o que vamos escrever, ou sobre como a faixa vos irá fazer sentir. Mas, no que toca á música, há tantas batidas, ritmos e coisas que você nunca tocou. Eu nem sequer sei o que esperar. Nunca será totalmente diferente do que se espera dos Blink, mas vamos definitivamente explorar novos sons. Estou empolgado.

Alguma vez os fãs do rock lhe criticaram por experimentar outros géneros?
Travis Barker: Há muitas partes de mim, e se alguns fãs não gostam de todas elas, Ok por mim. Vejo pessoas que ficaram irritadas quando eu toquei nos Grammys com Wayne, Drake e Eminem. Foi um dos pontos altos da minha vida e eles ficam tipo “Pare de tocar essa merda do rap” Sabe o que quero dizer? É tipo um “Vai-te foder”. Abram os olhos. Abram os ouvidos seus bastardos nazis. Não sejam uma mente fechada. Não há nada melhor do que sair com o Bun B e ouvi-lo a dizer-me que está ouvido Radiohead. Sempre fui uma criança confusa e nunca evoluí nesse aspecto. Ouvia todo o tipo de música e ninguém me julgava por isso. E, se o fizessem, eu dizia-lhes para se irem foder.

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